O tênis na Bahia e o Clube Bahiano de Tênis

Coriolano P. da Rocha Junior

A cidade do Salvador viveu experiências com tênis em tempos anteriores, mas foi em 1916 que se viu o Clube Baiano de Tênis. Da mesma forma que outros clubes da elite soteropolitana, este também teve um início modesto, com sua primeira sede não indo além de uma barraca de lona, num terreno na Ladeira da Graça, de propriedade privada, cedido por um período de três anos. Foi nesse local que se iniciaram as construções das quadras de tênis, fato que gerou empolgação nos jovens da cidade e que provocou a adesão de novas pessoas associadas em a agremiação1. Assim, a qualificação da sede passou a ser uma exigência, provocando ações de suas direções, com movimentações financeiras que viabilizassem esse desejo.

Nas memórias de alguns sócios do Baiano de Tênis, publicadas na Semana Sportiva, fica evidente que o principal ideal que norteava a fundação do clube era a necessidade de retomar, na cidade, o cultivo de uma atividade considerara elitizada:

O Baiano de Tênis foi sempre, é e há de ser essencialmente um clube de Tênis. Fundado para incrementar entre nós a prática do tênis, o nosso clube tinha, pois, como fim especial, cuidar de tão lindo esporte.

No Clube Germania notava-se, então, regular frequência, aos domingos. Era esse todo o movimento do tênis na Bahia que já tivera dias áureos. O primeiro serviço do Baiano de Tênis foi, pois, dar vida nova ao tênis, porquanto, da sua formação até os nossos dias, o seu desenvolvimento tem sido crescente2.

O interesse de reativar o tênis na cidade se associava ao ideal de estabelecer ou firmar uma prática de distinção social, pois, neste momento, o futebol já se mostrava popular, alastrado pela cidade. O tênis, como esporte, era muito caro, muito por conta das despesas com a importação de equipamentos como raquetes e bolas. Por essas coisas, o esporte foi tido como uma prática em que apenas abastados participariam, longe dos populares.

Em seu esforço por estabelecer o tênis como uma prática nobre na cidade se mostra também no desejo de ter um espaço bem estruturado, com a construção de várias quadras, inclusive de materiais diferenciados:

Quando teve de ser construído o primeiro court do Baiano, o nosso consócio engenheiro Edgar Luz que dirigia as obras, quis romper com a praxe até então aqui em voga, das quadras de cimento. E, com grande competência, fez o nosso court de uma liga de barro, tal como ora se usa em todos os países tropicais. Os resultados foram magníficos e logo foi a segunda quadra e, em seguida, a terceira, até que, agora, conta o nosso grêmio tem 4 courts, todos eles excelentes, mesmo na estação chuvosa, quando muito pouco tempo depois de um grande aguaceiro, eles por serem inteiramente permeáveis, tornam-se perfeitamente praticáveis. Nessas quadras o tênis tem se desenvolvido assombrosamente3.

A partir da fundação do Clube, o tênis experimentou um certo desenvolvimento em Salvador. De acordo com os registros de Mário Gama (1923, p. 320):

Com a fundação, em 1916, do Clube Baiano de Tênis, nas suas quatro “quadras” o jogo tomou incremento admirável e ali se formaram e aperfeiçoaram muitos jogadores, sob os ensinamentos – é justo registrar – do grande tennismen F. Mc. Even, que, como diretor, dedicava-se extremamente, no preparo e afinamento dos seus consócios. O Bahiano de Tênis conta, dentre as suas melhores páginas, a visita do grande campeão dos Estados Unidos, Sr. Johnston, que jogou várias vezes em seus courts. Mantendo torneios anuais de duplas e simples, são campeões das quadras do alvi-negro F. Sá Macedo de Aguiar (duplas) e Mário Pereira (simples). Com a recente visita do Fluminense, A Bahia pôde mostrar bem que, em tênis, o seu adiantamento é patente, pois que, os representantes tricolores, Srs. Heberto Filgueiras e G. Prechel foram batidos, em simples, pelos nossos conterrâneos Mario Pereira e Macedo de Aguiar, que se houveram brilhantemente. Nos courts do Bahiano e Tênis está em disputa um torneio amistoso de duplas tendo-se feito representar os Clubes, Francês da Bahia, Rio Vermelho, Vitória, Associação Atlética e Baiano de Tênis.

Como um dos principais sócios do Baiano de Tênis, Mário Gama4 não raramente fez questão de circunstanciar o desenvolvimento do esporte no clube marcado pelo um intercâmbio com tenistas de outros estados e países. É possível interpretar como um indício que o desenvolvimento do tênis no alvinegro não ocorreu de forma meramente espontânea. Pelo contrário, houve um constante esforço de estruturação, inclusive no tocante ao aprimoramento das técnicas e estilos de jogo. Além disso, percebe-se um esforço em apresentar os tenistas locais como não inferiores aos de outras localidades. Com o crescimento do número de interessados, o Clube criou campeonatos internos entre os sócios. Os jogos de duplas e simples eram elogiados pela imprensa local, que fazia referência sobre o tênis nas dependências do Bahiano, como esta abaixo:

Dentro em pouco, nós muito confiamos, o tênis gozará na Bahia da brilhante situação em que se acham o futebol, o turfe e o remo. O Baiano de Tênis que é o pioneiro querido desse esporte, vem se empenhando vivamente por que assim aconteça. Ainda há pouco terminou o campeonato de doublés5, com o maior sucesso, e o de singlescomeçou domingo, despertando o mesmo interesse e revestido da mesma animação. O elemento de que mais depende a vitória do tênis, é o feminino, a tomar parte em suas provas elegantes e distintas, ou cercando os courts, enchendo o ambiente da suavidade, do seu perfume, do encanto da sua graça. Este já aderiu francamente e domingo lá estava, em numerosa representação7.

Se vê na matéria o cuidado em não apenas noticias o torneio, mas sim, estimular a sequência e propagação da modalidade na cidade, em outros clubes, buscando também a presença feminina como jogadoras e torcedoras. Em várias ocasiões, a Semana Sportiva manifesta o desejo de ver outros clubes praticando o tênis ou mesmo a realização de um campeonato interclubes:

Não há esporte tão elegante, tão distinto como o tênis não há. Infelizmente na Bahia, não o cultivam assiduamente como seria de desejar. Aqui há somente um clube que se dedica à sua prática, devendo-lhe o nome que honrosamente mantém. É o Clube Baiano de Tênis, o grêmio aristocrático da Avenida da Graça, em cujo courts se realizam, regularmente, campeonatos de singles e doublés. Porque o não imitam os outros clubes? Porque se não organizam turmas femininas? A vida do alvinegro na prática do esporte do tênis como em todos os outros está repleta de fases brilhantíssimas. Os seus courts são uma escola modelar, onde se formaram Mario Pereira, Macedo de Aguiar, Octávio Machado e outros muitos. Temos fé em que o trabalho desse grêmio pela identificação do tênis e nosso meio há de vingar8.

No texto transparece a preocupação de não apenas fortalecer o campo esportivo soteropolitano, mas sim, dotá-lo de uma magnificência e civilidade. Tal ponto fica transparente em artigo publicado pelo semanário, que busca caracterizar o valor social e cultural do tênis:

A Semana Sportiva registra, sempre, com o maior prazer as vitórias do esporte baiano. Semanário que inscreve no seu programa de vida a propaganda de todos os esportes, o futebol como a regata, e o turfe, e os esportes atléticos em geral, não saberia, ainda agora, esconder a sua impressão de franco júbilo para o êxito com que vem sendo praticado na Bahia, o tênis. Esporte de superior elegância e requintada distinção, esporte por excelência aristocrático, nenhum se lhe compara nesse ponto. Os jogos de tênis são de fato, uma das melhores e mais recomendáveis diversões da sociedade. Daí, a alegria com que noticiamos, aqui o seu pleno triunfo na Bahia. Prova disso, e prova iniludível, incontestável é a do sucesso do campeonato interno do Baiano de Tênis, há poucos dias terminado. As duplas de reconhecido valor, demonstrado em encontros anteriores, juntaram-se, para a disputa desse torneio interessantíssimo, duplas novas, que agora se iniciam no esporte elegante, e atestaram todas magníficas disposições de se tornarem tem breve tempo, à altura dos seus valorosos contendores. Quer isto dizer que o tênis, mais do que um simples ensaio, e, já uma esplêndida realidade. Não só pelo interesse com que no Baiano, e já agora na Associação Atlética, vem sendo praticado, mas, também, e principalmente, pelo entusiasmo dos torcedores, que, em verdadeira multidão acorrem aos courts, estimulando os jogadores com seus aplausos ruidosos.

Pois bem: o Baiano, que todo o ano realiza campeonatos internos com real sucesso, não registrara ainda tão grande concorrência de duplas como as que se inscreveram no torneio deste ano, agora findo, com a vitória da double Mario Pereira – Jayme Villas Boas. A Semana Sportiva sente, portanto, vivo prazer em registrar o fato auspicioso. Que os tenistas do Baiano da Associação Atlética do Rio Vermelho, do Clube Francês, que concorreram ao torneio de 1923, não esmoreçam, e se esforçarem sempre mais pela prática do tênis na Bahia. E que a Liga Baiana reconhecendo a necessidade de que não morra o esporte belíssimo, cada vez mais se afirme triunfante saiba, como é do seu dever prestigiar em toda linha o Bahiano de Tênis, a quem se deve mais este notável serviço aos esportes na Bahia9.

Se vê o desejo de exaltar o valor do esporte, em função do perfil social dos seus praticantes: sujeitos endinheirados e abastados, numa tentativa de estabelecer certa hierarquia entre as práticas esportivas.

O noticiário local buscava publicar publicar textos técnicos, no afã de auxiliar que lia a se iniciar na prática, com dicas, exemplos de jogadas, movimentações em quadra e indicações sobre o comportamento do jogador, como nesta matéria do A Semana Sportiva:

A primeira e mais importante condição que deve saber um jogador para disputar uma partida é a maneira de perdê-la. O jogador que se preza de sua dignidade deve saber perder de forma tal, que ninguém perceba o pesar que lhe pode perturbar o espírito. Nada é tão pouco digno do verdadeiro sportman como o de manifestar com um mau humor o sentimento da sua derrota. O sportman deve perder com o sorriso nos lábios, assim como deve proceder com modéstia, com generosidade e sem pretender molestar o seu adversário, quando ganhar; O objeto que tem em vista todo jogador ao disputar uma partida é, inegavelmente, ganhá-la, mas deve fazê-lo de modo nobre, digno e esportivo. Uma vitória conseguida de outra forma se converte em verdadeira derrota. No tênis, o jogo é tudo, e em uma partida, uma derrota honrosa tem mais valor esportivo que uma vitória conseguida pouco nobremente. O tênis é um esporte que se deve praticar pelo que ele é, e não pelos benefícios que dele possam sobrevir ao jogador. O tênis deve jogar-se com quem se põe em contato, e pelo prazer que seu jogo pode proporcionar ao público, que o honra presenciando-o. Muitos jogadores de tênis supõem que nada devem ao público e que, pelo contrário, este é quem devem ficar-lhes agradecido. Há outro fator que também contribui para um bom jogo de tênis. É o espírito competitivo que consiste no desejo de demonstrar a si mesmo de que é capaz de enfrentar lealmente o seu adversário10 .

Se via a preocupação de incutir a ideia de que a prática do tênis envolve um comportamento disciplinado, educado e civilizado, buscando um sentido aristocrático para o tênis, que contava, inclusive, com um cuidado com a atuação de quem atuasse como árbitro da modalidade, função que também deveria abraçar a linha civilizadora do esporte. Assim, a Semana Sportiva orientava:

Uma circunstância que não deve escapar a um comitê organizador de um campeonato importante é a de escolher os juízes e os linesmen11 antes de começar a partida. Estes elementos devem já estar escolhidos antes que os jogadores entrem na quadra para o jogo. Um bom linesman serve de grande auxílio numa partida de tênis. O linesman deve emitir seu juízo no momento em que a bola toca o solo. Se a bola cai fora das linhas, deve dizer – out – imediatamente, com voz clara e decisiva. Se a bola, porém, é boa, deve então permanecer discretamente calado. O juiz deve anunciar o score12 depois de cada ponto, em voz suficientemente alta para que seja ouvido por toda a assistência. Suas decisões devem ser ditas com voz suficientemente alta para que seja ouvida pelos jogadores13.

Nessa mesma linha, ganha destaque o reconhecimento da importância da prática da modalidade pelo gênero feminino. Para os jornais, em especial para a Semana Sportiva, o envolvimento das mulheres no tênis não se tratava apenas de uma questão de embelezamento dos courts, mas sim de contributo para a saúde das jovens:

O Tênis é um dos esportes mais queridos do belo sexo, que o pratica mesmo sem o menor prejuízo para a sua organização. Fala-se com insistência que dentro em pouco ele ocupará papel saliente em nossa vida esportiva. Tomara que assim seja14.

Em outra passagem o semanário é mais claro:

As formosas e promissoras jovens brasileiras, devem, pois, ao nosso modo de ver, lutar, com a mais absoluta das precisões, para que, dentro em breve, rivalizem, em simpatias, com o cultivamento do tênis, os demais esportes que já são comuns no Brasil. Os nossos votos e os nossos esforços não se farão recusar, cuja eficácia consiste nos atrativos que o jogo de tênis oferece, assim como, nos encantos que vulgarmente residem no belo sexo, tudo, portanto lhe sendo útil. Estamos certo que, futuramente as baianas fundarão um clube de tênis e a sua prioridade nesse particular servirá de exemplo as suas rivais dos outros estados do país, continuando a Bahia com a grande ventura de ser mãe, mais uma vez, das coisas auspiciosas e fecundas para a nossa raça15

Se um sentido civilizador se atribuia as atividades esportivas, as mulheres não deveriam ficar de fora desse processo. Como se acreditava à época, mulheres fortes é que fazem uma raça forte. Dito de outro modo, o chamado sexo frágil, com a prática de esportes fortaleceria o seu organismo. Contudo, não era qualquer prática que traria benefícios para as mulheres, modalidades como o boxe ou o futebol eram vistas como nocivas, que poderiam masculinizar corpo feminino e aí, o Tênis ganhava atenção especial, sendo tido como ideal a mulher.

No afã de fazer o esporte ganhar a cidade, para além do Baiano, a imprensa buscou também fazer com que a principal entidade esportiva de Salvador, a Liga Baiana de Desportos Terrestres (LBDT) abraçasse a modalidade e isso se deu, quando a Liga criou um campeonato de tênis envolvendo os clubes filiados à instituição. No dia posterior ao encerramento das inscrições, a Semana Sportiva publicou um efusivo editorial comentando o feito:

Encerraram-se ontem, na secretaria da Liga Baiana, as inscrições para o campeonato de tênis a inaugurar-se este ano. Compreende-se facilmente quanta satisfação nos vai neste registro. Ela é tão intensa como justa. Quem consultar as coleções da Semana Sportiva, há de encontrar em grande parte, na maior parte, mesmo, dos seus números os traços de um vivo empenho porque na Bahia se intensificasse a prática desse esporte. Em artigos, entrevistas, sueltos e comentários, de muito tempo vimos batendo pela vitória de ideia tão magnífica. Ninguém nos excedeu, então, no ardor desse desejo, assim tantas vezes evidenciado. Foi por isso que recebemos com o justo alvoroço de justíssima alegria as palavras a propósito proferidas pelo ilustre Sr. Presidente da Liga Baiana, em excelente entrevista – programa aos nossos confrades do “O Imparcial”. Bem que a Bahia Sportiva já estava reclamando como necessidade inadiável a brilhante realização positivada. Esporte amado e praticado tão somente por um clube, o Bahiano de Tênis, que o instituiu, único nesses últimos tempos, para a prática dos seus associados, em campeonatos internos, o tênis teve ali quem verdadeiramente o compreendesse, atingindo surpreendente perfeição. Formaram-se com assiduidade o capricho, campeões cujos valores se não estimavam devidamente, porque ainda se lhes não oferecerá ensejo de provar que o eram de verdade. Deve-se a esta fase memorável no esporte baiano o toque de rebate para a vida que agora vai ter o tênis nesta capital. Já o praticam em courts próprios e com players valorosos, a Associação Atlética, o Rio Vermelho de Tênis e o Clube Francês. Todos esses se inscreveram também para a temporada que, em breve, se inaugurará sob os melhores auspícios. Tudo está a indicar que o tênis viverá longa e brilhantemente na Bahia. Assim não lhe faltem nunca a direção de espíritos superiores e a dedicação de quantos o amam e desejam vê-lo vitorioso16.

O texto mostra que o Semana Sportivabuscou tomar para si os louros pela criação de um certame de tênis na capital baiana e ainda, reforçar a ideia de que ele era o primeiro a defender o progresso de uma cultura esportiva na cidade. Por outro lado, o semanário não deixa de compartilhar tal conquista com o Bahiano de Tênis. Por fim, ao que parece o texto deixa implícito que tanto a esforço do Bahiano de Tênis quanto da revista surtiram efeito quando se percebe o envolvimento de outros clubes com a prática do tênis, a exemplo do Rio Vermelho, Associação Atlética e o Clube Francês.

Podemos considerar que a centralidade da introdução e, sobretudo, desenvolvimento do tênis em Salvador nas primeiras décadas do século XX é reivindicada pelas elites. Do ponto de vista discursivo, buscavam apresentá-la como uma experiência única e exclusiva das camadas altas.

Dito de outro modo, representada como uma prática distintiva seriam as camadas abastadas as únicas responsáveis por desenvolver a modalidade na cidade, já que possuíam um comportamento refinado, educado e elegante exigido pelo jogo.

Notas:

1. Semana Sportiva, Salvador, 21 de julho de 1923, p. 26.

 2.Semana Sportiva, Salvador, 02 de julho de 1924, p. 58.

3. Semana Sportiva, Salvador, 02 de julho de 1924, p. 59.

4. Homem que atuou largamente no esporte baiano, como atleta, dirigente e que também deixou vários escritos sobre o assunto.
5. Significa os jogos em duplas.
6. Jogos individuais.
7. Semana Sportiva, Salvador, 25 de agosto de 1923, p. 9.

8.  Semana Sportiva, Salvador, 21 de julho de 1923, p. 8.

9.  Semana Sportiva, Salvador, 11 de agosto de 1923, p. 7.

10. Semana Sportiva, Salvador, 15 de setembro de 1923, p. 13.

 11. Equivalente a árbitros de linha.

12. O termo se refere à pontuação do jogo.

 13. Semana Sportiva, Salvador, 15 de setembro de 1923, p. 12.

 14. Semana Sportiva, Salvador, 21 de outubro de 1922, p. 13.

 15. Semana Sportiva, Salvador, 12 de maio de 1923, p. 11.

16.  Semana Sportiva, Salvador, 19 de abril de 1924, p. 3.

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